O que passa na minha cabeça

Toda mulher, desde que se entende como gente, vive dilemas. Algumas encaram esse dilema eterno com amargura, tristeza, depressão... Outras, com bom humor. E encarar a vida com bom humor é um santo remédio pra rugas! Aqui vou escrevendo as coisas que vou vendo por aí, conto algumas experiências minhas, experiências de minhas amigas, amigos... Claro, sempre preservando a intimidade, algumas coisas que conto não aconteceram bem assim, mas poderiam ser... Enfim, realidade e ficção... São duas possibilidades e ai tem mais um dilema: A vida imita a arte ou vice versa?
Como escrevo numa paulada só, ou seja, sento , escrevo e publico, as vezes engulo uma letra, repito uma palavra. Acabo não fazendo correção do texto por medo de perder a espontaneidade. Então, perdoem meus pequenos errinhos, podem até me mandar um comentário mostrando. Espero que todos se divirtam aqui.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Os incontáveis tons mais bonitos


Gostando ou não, não dá pra passar impune... mesmo porque eu acredito que quase 90%  das mulheres terráqueas foram infectadas por algun tipo de vírus intergalático que faz com que elas, de repente, do nada, resolvessem se interessar muito por sexo e dos bem sacanas...
Só agora, em 2013!
Quando eu era garotinha, eu pensava que no ano 2000 as pessoas iam passear na Lua, ali pertinho, na Lua. Pois é, a NASA foi aposentada, os ônibus espaciais viraram peças de museu, iraniano manda macaco pro espaço e astronauta americano vai até a estação espacial, ali na nossa órbita, em foguete da republica Popular da China! Sinal dos tempos. Já que ninguém vai tão cedo passear no espaço sideral, as pessoas resolveram ir ao espaço sexual, tão distante, ou talvez mais, audaciosamente indo onde nenhum homem, digo, mulher jamais esteve...
Depois de milênios escondendo algo que é absolutamente natural, a dona de casa ali da esquina, lê um livro e sonha ser vendada, amarrada e chicoteada por cara saradão.  
Me parece meio maluco, que de repente, as mulheres resolveram colocar tudo pra fora, toda a opressão de sentimentos, humilhação e repressão de uma vez. Mas precisava ser de uma vez? E de uma forma tão besta e sem reflexão.
Até  a mais recatada das mocinhas já ouviu falar no Christian Gray - acho engraçado ele ter nome de empresa de cosméticos porta a porta dos anos 70 - dai vem o nome, cinza, grey, um trocadilho com o nome... Um homem, fruto da imaginação de uma mulher de meia idade, casada, mãe de 2 filhos, produtora de TV, ou seja, alguem que sabe muito bem como entreter as pessoas com coisas idiotas e que deve ter vergonha do seu nome próprio, já que assina somente suas iniciais e sobrenome, ou apenas quer imitar a criadora do Harry Potter.
Já ouvi muitas pessoas comentando sobre o livro, suas passagens e pasmem, até gente dizendo que já experimentou tudo aquilo... assim, do nada. Esse assunto me chamou atenção porque tenho ido trabalhar de metrô e há uma grande quantidade de pessoas lendo no metrô e advinhem qual é o grande best seller dos trilhos paulistanos? Os tais tons de cinza e suas nuances. Já vi muitas mulheres, meninas, senhoras e até um cara lendo. O que mais me chamou atenção foi ver uma mulher lendo o livro escondido dentro da Bíblia!  E as propagandas nas estações, dentro dos trens... Lindo. Ou seja, se você não leu, cometeu sacrilégio.
Desde que o mundo é mundo, as mulheres sempre tiveram sua sexualidade escondida, proibida e até punida, mas ela sempre esteve lá, mesmo a religião classificando como pecado, escondidinho, as coisas sempre aconteciam dentro de 4 paredes. Sempre houve escapadelas literárias proibidas O amante de Lady Chately, lançado em 1926, foi considerado obceno e o escritor de Madame Bovary foi julgado por ofensa a moral e a religião e mesmo assim, milhões de donas de casa e mocinhas casadoiras leram suas páginas às escondidas.
Não há problema nenhum em literatura picante, aliás é bem legal, o que não dá pra engolir é literatura barata, claramente feita para arrecadar milhôes de dolares mundo a fora, sendo empurrada goela abaixo das pessoas, depois do fantástico sucesso da JK Rolling e seu Harry Potter, vieram na onda a saga Crespúsculo para as adolescentes sonhadoras, transformando vampiros em heróis, agora temos a saga do Sr. Gay, para as mulheres insatisfeitas com suas vidas. Só que ler as peripécias de um casal fictício, não as faz mais feliz, nem plenas, nem satisfeitas, nem realizadas. Sem contar que os parceiros, para as que os tem, podem não ter nada de cinza, podem não ser chegados numa brincadeirinha sadomasô e pode se assutar com a patroa de repente transformada em ninfomaníaca. E ai, shit happens!
Cinza nunca foi uma cor divertida, muito pelo contrário, só não é mais tediosa que bege, porque nada é pior que bege... O que vale mesmo é ter cumplicidade, empatia... amor pelo outro. Se a relação está ruim, nenhum acessório é capaz de salvar e sexo pra ser bom, tem que haver química, porque sem química não vai rolar nenhuma física e tudo virará história e daquelas que devem ser esquecida.
Quando a química é boa e há amor, tudo é bom, não precisa ser nenhum acrobata, as coisas mais simples são uma delícia e as cores do mundo ficam maravilhosas e adquirem tons que ninguém é capaz de descrever.