O que passa na minha cabeça

Toda mulher, desde que se entende como gente, vive dilemas. Algumas encaram esse dilema eterno com amargura, tristeza, depressão... Outras, com bom humor. E encarar a vida com bom humor é um santo remédio pra rugas! Aqui vou escrevendo as coisas que vou vendo por aí, conto algumas experiências minhas, experiências de minhas amigas, amigos... Claro, sempre preservando a intimidade, algumas coisas que conto não aconteceram bem assim, mas poderiam ser... Enfim, realidade e ficção... São duas possibilidades e ai tem mais um dilema: A vida imita a arte ou vice versa?
Como escrevo numa paulada só, ou seja, sento , escrevo e publico, as vezes engulo uma letra, repito uma palavra. Acabo não fazendo correção do texto por medo de perder a espontaneidade. Então, perdoem meus pequenos errinhos, podem até me mandar um comentário mostrando. Espero que todos se divirtam aqui.

domingo, 22 de junho de 2014

Não quer? Tem quem queira!

 Primeiramente, leia essa matéria: A incrível geração de mulheres que entendeu tudo errado

Se nós entendemos tudo errado, e eles? Entenderam certo? A vá...
O mundo é muito injusto conosco; um homem grisalho é charmoso, uma mulher grisalha é relaxada. Um homem de 50 é gatão, uma mulher de 5o é velha!
Sempre tivemos que nos manter arrumadas, cheirosas, unhas feitas, cabelo arrumado,depiladas. Sempre tivemos que criar os filhos, ser exímias cozinheiras, donas de casa impecáveis, se fossemos trabalhar fora, tínhamos que continuar com todos os afazeres domésticos impecáveis. Sem tempo pra descansar e ainda com um bando de gente a te criticar. Pelo menos na minha terra sempre foi assim; vai trabalhar fora? Ok. Mas seu filho tem que estar lindo, bem cuidado, unha curta, cabelo penteado, o uniforme tem que estar branco, o cardápio tem que ser variado, ai de você se servir um macarrão com salsinha pros seus rebentos! A camisa do seu marido tem que estar passado como se tivesse saído da lavanderia. No domingo, que descanso o que... Dia de almoço em família! Ah, e não se esqueça que é falta de educação servir em prato descartável e visita não lava a louça...
Se meter a falar de política? Nem pensar! Querer ser engenheira? Que é isso, isso é coisa pra macho!
Pois é, o mundo dá voltas... E os homens não são mais os de antes! E isso tem lá seus ganhos e perdas, se por um lado tem homem que ajuda, que valoriza, tem uns que não servem nem pra trocar lâmpada! Além do mais tem muita mulher assumindo papel de "homem" da casa, sustentando, provendo, cuidando e defendendo.
Se nós estamos cada vez mais masculinas, afinal quem troca o pneu do seu carro? Eles estão cada vez mais "mocinhas". Conheci homem que se borrava de medo de barata e chamava a mulher pra matar!
Já precisei trocar o pneu do meu carro sozinha, sob o olhar de sarro de um bando de machões de mentirinha, que nem prestaram para oferecer ajuda! É comum eu chegar em casa cheia de pacotes, cruzar por vários homens e nenhum perguntar se quero uma forcinha... A vá! E depois tem gente que acha que a gente é tudo, menos o que eles querem?
Eu acho que a gente é tudo o que era antes; cheirosa, arrumada, boa dona de casa, carinhosa... E mais; profissional, entendida de hidráulica, pintora de parede, motorista muito competente - vê se a gente se mete em acidente besta? - a que calibra pneu... Imagina a cara de espanto quando chego no posto e falo: quantos litros ao invés de quanto deu. Quando falo: calibra pra mim, 29 libras nos quatro! Não moço não preciso trocar o óleo, ainda faltam 2.000 km para a troca! E coloca água ai, não precisa ligar o motor, ainda tem água no reservatório, por isso não dá vai dar calço hidráulico!
E agora que eles resolveram virar metrossexual? Um homem com perfume mais forte que o teu, que tem no banheiro mais cosméticos que você, que faz manicure toda a semana, que depila o peito, que posta no facebook que está no cabeleireiro? Que é isso? Olha só, se essa pessoa desviar um único grau, vai sair do armário saltitando feito uma gazela e soltando purpurina pro todo lado!
A coisa está tão grave que tem até propaganda de desodorante com cheiro de macho!
 E depois falam da gente?
Se somos a incrível geração das mulheres que são tudo, menos aquilo que os homens querem, eles estão querendo ser tudo, exatamente igual a nós, mas é claro que nós somos mais competentes!
As coisas precisam ser descomplicadas e devemos parar de rotular as pessoas, é a necessidade que nos faz ter certos modus operandi...
E daí se gosto de futebol? Eu gosto mesmo! Se gosto de motor? Se muitas vezes preciso ser forte pra enfrentar as coisas da vida, se não posso chorar? Se uso panela elétrica pra fazer arroz? Se falo palavrão de vez em quando? Se conto piada suja? Se decido quando, quem e como? E daí? Não sou o que eles querem? Duvido!


Money changes everything


Que o mundo sempre viveu movido pelo dinheiro, isso todo mundo sabe, mas ultimamente, isso tem sido tacado na nossa cara a todo instante.
O mundo do consumo nos invadiu de uma forma tão gritante, mas nós não percebemos. A cultura do novo, do up to date nos move e nos direciona.
É comum hoje as lojas colocarem cartazes: Nova Coleção! As montadoras de carro: New Beetle que depois virou Novo Fusca. New March, New Fieta, New Civic... Bustier, virou TOP, rímel, virou Mascara, tachas viraram Spykes, beige virou NUDE, cor gelo virou OFF WHITE.. Mas gente, qual é a novidade? Se moda vai e volta, what´s news pussycat?
Outro dia, eu vi uma coisa engraçada no face: dica infalível de beleza: seja rica! É.. ter dinheiro e tempo de sobra que passar o dia cuidando da pele, do cabelo, do corpo, do look, faz uma diferença... Mas é claro que se você só fizer isso, sobra tempo para mais o quê? E sua cuca? Fica como? E seu papo? Será sobre o que?
Dia desses, eu disse a uma pessoa que os pobres se divertem mais e ela caiu na risada. Mas não é vero? Olha a cara do pessoal nas fotos do face... Churrasco na laje: sorrisão. Pagode na comunidade: cara de felicidade inquestionável. Carro 1998, comprado em 60 parcelas: sonho conquistado! Farofada na Praia Grande: amo muito tudo isso! Agora, olha as fotos dos ostentadores... Foto na lancha, cara blasé. Foto em Paris, tô nem ai, vivo aqui. Foto, obviamente discreta, dentro do Evoque, que tédio! Não estou dizendo que não tenha gente rica feliz, nem pobre amargurado. A felicidade ou a falta dela não está nas coisas e sim na conquista, está em quem compartilha com você a conquista. Teria coisa mais triste que um palácio vazio? Pois é, o príncipe Sidarta sentiu isso na pele. Claro, que também não encontrou felicidade na miséria... A felicidade ele encontrou no equilíbrio e é isso que nos falta hoje...
A moda, a música, as novelas nos dizem que precisamos ostentar, aparentar, ter... E nem por isso vejo as pessoas mais felizes, muito pelo contrário, cada dia mais gente infeliz e solitária, cheia de coisas, postando seu selfies, marcando a cada lugar ido para que todos vejam o quanto suas vidas são espetaculares, mas com um vazio enorme por dentro. Que fique bem claro, eu posto selfie (tenho aprendido com meus alunos), marco lugares que vou, mas sem neura, please!
E a noite? Ai meu zeus! Se você olhar com calma, parecem um monte de walking deads cheirando Carolina Herrera (homens e mulheres), vestidos iguais (homens e mulheres), tentando parecer super, desesperados por quem os leve para casa! O engraçado é que a maioria está de cartão estourado, parcelando compras de supermercado, mas tá lá... bebendo algo que os faz esquecer quem realmente são. Fui pesada, né? é... mas será que de vez em quando não é preciso?
O dinheiro é bom, nos dá tranquilidade, pode nos proporcionar tempo, mas não é a coisa mais importante. E todos temos nosso melhor lado ultimamente escondido pelas coisas materiais.
Eu que sempre fui outsider, de vez em quando me pego querendo algo que não preciso, só porque todo mundo tem... só porque ouço aquela palavra mágica; moda... E dali a pouco, me bate o arrependimento... Roupa, sapato, lugar quem nem valem a pena, que nos esvaziam, carteira e mente, mas eu também fico querendo... É a força da propaganda... que é a arte de fazer você querer desesperadamente algo que você não precisa. Pois é, mas e aí? Viro ermitona, me isolo do mundo? Viro motivo de chacota? Eita dilema: ceder ou não ceder a tentação?
Estou buscando uma saída criativa, para continuar a ser eu mesma, sem ceder a tentação de viver dura e sem perder meu estilo. É o seguinte; a um tempo, acho que vocês lembram, muitas de minhas coisas mofaram e precisei tirar tudo do armário para limpar. Descobri que tenho tanta coisa, que nem que eu queira eu consigo usar tudo em um ano, fazendo combinações, sem repetir look... É, tenho um absurdo de coisas... Está certo que eu comprei muito, mas o fato é que eu sou cuidadosa com minhas coisas, então elas duram muito... Já tem um tempo que estou pensando em fazer uma experiência... Outro dia, num programa de TV, vi uma menina que economizou R$ 10.000,00 ficando um ano sem comprar nada! Eu não acho que eu consiga juntar tanto, mas se eu conseguir economizar o suficiente pra não perder o sono em determinadas épocas do ano, já está ótimo! Claro que para isso, precisei fazer uma promessa para Nossa Senhora (sou muito devota...), assim todas as vezes que eu for ceder a uma tentaçãozinha de nada, vou lembrar de minha promessa e isso para mim é coisa séria. Não gastar com bobagens, valorizar o que já foi gasto, não descartar as coisas sem consciência, e tenho uma boa fórmula para fazer meu dinheiro valer mais e realmente mudar as coisas.
Já comecei, tá? E sabe? tem um gostinho tão bom quando alguém fala que você está linda, estilosa com uma roupa que você tem a tanto tempo...


sábado, 14 de junho de 2014

Bola na trave não altera o placar.


E tem copa! Apesar dos protestos, da bagunça, eu sabia, quando a bola rolasse, as coisas voltariam ao lugar de sempre... Se está certo ou errado, cada um tem sua opinião. Os estádios foram feitos, o dinheiro foi gasto e os turistas estão ai. Agora, eu achei divertido a nossa presidente ouvir umas coisinhas...
Apesar de tudo, futebol é sempre muito legal. Eu acho arte, futebol bem jogado, lá e cá, habilidade e talento. Mas acho muito chato ficar endeusando alguns, só porque jogam em times milionários, só porque aparecem em uma penca de comerciais e os paparazzis os seguem por todos os lados. O Neymar joga muito, é um moleque, joga feito moleque, brinca, é lindo... Mas é um babaca na mídia. O Messi, oh, o Messi, joga muito, mas muito também, mas joga pra quem lhe paga, joga porque senão não recebe o alto salário, ainda não convenceu na seleção argentina, mesmo porque ele nem é mais argentino, mora na Espanha desde os 10 anos!
Algumas partidas são espetaculares. Hoje eu vi uma modesta Costa Rica ganhar de virada da Celeste! Tem coisa mais legal? Na última copa, ficamos todos apaixonados pelo Uruguai, com jogador sendo expulso por botar a mão na bola, por um goleiro defender no último instante e levar a decisão pros penaltis e o penalti com cavadinha do Loko Abreu... Foi empolgante. Mas hoje, a Celeste estava apagada e teve o que mereceu. É sempre assim, a cada copa surge uma queridinha, a minha virou a Costa Rica. Jogaram pra valer!
Apesar do meu sangue, adorei a surra que Espanha levou! Meu pai deve estar bravo, mas... Quem não faz toma! E foi bom.
Mas apesar de achar que o Brasil vai ganhar, afinal é a seleção pentacampeã, a camisa amarela é uma lenda e os brasileiros são mais talentosos, não estou muito empolgada, talvez porque os jogadores são tão estrangeiros quanto o Messi, ou porque viram pop stars demais, ou talvez porque seja em casa, essa copa não me empolga. Está certo que nunca fui uma torcedora muito apaixonada, mas agora, estou mais ué do que nunca.
Na copa de 86, lembro do jogo que o Brasil foi eliminado, foi um chororô total, teve amiga minha que desmaiou, e eu lá olhando tudo com total sensação de normalidade. Sempre tem um vencedor e um perdedor e as vezes, o nosso time é o que perde. Então, se ganhar ou perder, o sol nasce e a vida continua...
Eu gosto mais do meu time, quando ele ganha, é mais legal, talvez porque ele seja mais odiado, criticado e hostilizado. Quando o Corinthians ganha... Ai sim, me dá uma sensação tão boa... Quando perde, fico chateada, mas passa logo. Sempre tem um outro jogo. Como é que virei corinthiana? Acho que foi pelo meu filho, que torce de uma forma tão legal, ou porque sou meio do contra, sei lá.
O meu pai é corinthiano, desde que eu me entendo por gente e eu tinha raiva de futebol, quando pequena, nós tínhamos uma só tv e aos sábados, era dia do meu pai ver o timão jogar e eu não podia assistir minhas séries e programas musicais. Meu pais tem dois filhos homens e nenhum puxou seu amor pelo futebol. Lembro bem do meu pais comprar chuteira pros meninos, matriculá-los na escolinha de futebol, mas chegar em casa e pegar os dois correndo de chuteira no asfalto, brincando de pega pega, ao invés de jogar bola. E assim, meu pai nunca teve um companheiro para ver jogo e torcer, até meu filho mais velho começar a se interessar por futebol.
Detestava futebol, quando adolescente, namorei um jogador júnior, o que era um saco e contribuiu ainda mais para eu detestar.
Quando o meu filho mais velho tinha uns 5 anos, eu o levei para uma festinha de aniversário de um amigo, chegando lá, a casa estava toda decorada de verde e branco e todo mundo com camisa do Palmeiras. Me convidaram para entrar e me perguntaram: - para que time vocês torcem? E eu:- nenhum. E a festinha seguiu. Havia um telão e todos ficaram assistindo um jogo; Palmeiras e Corinthians. Todo mundo gritando e cantando, enquanto as crianças brincavam. De repente, eu vi um jogador pegar a bola e sair com ela lá do meio do campo, e todos correndo atrás. Todo mundo fazendo aqueles sons incompreensíveis e o jogador chutou para outro e a bola balançou a rede.  Não sei sinceramente que me deu. Soltei um GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL do fundo do meu ser. Quando me dei conta, estava um silêncio sepulcral e todos me olhando com cara de ódio. Eu olhei e disse: - não foi gol. E o pai do aniversariante: - foi, mas do outro! Me fuzilando. Ainda bem que sou rápida: - não foi do seu time. E ele : - NÃO! - viu como não entendo nada de futebol? E eles me perdoaram meio desconfiados. As vezes dar uma de tapada é questão de sobrevivência. Bem, gritar gol do Corinthians numa casa apinhada de palmeirenses e ficar com sensação ótima... Assim começou minha vida de torcedora do Todo Poderoso!
Aprendi a gostar de futebol, mas aprendi que futebol tem que ser justo e tem que ser espetáculo. Jogo sujo e feio, violência é horrível, no meu time e em qualquer outro. E não sou de passar a mão na cabeça do meu time, se joga feio eu falo, se é desleal também, mas fico fula quando falam injustiças. Também, fico fula quando nossos jogadores são desleais e o povo aprova, seja time ou seleção.
A copa está ai, espero que o saldo seja positivo, que as melhorias sejam para todos, que sejamos melhores do temos sido, que nas eleições nos lembremos das maracutaias e dos desvio do dinheiro público e que tenhamos muito queridinhos. Que haja muitos jogos lindos de pura arte e que tudo corra bem para todos. A arte é necessária para o povo e o Brasil é o mais talentoso.
Mas como bola na trave não altera o placar, acho bom a gente aprender com os nosso erros, futebolisticos, culturais e de engenharia e passamos a nos preocupar com as coisas importantes de verdade.

domingo, 8 de junho de 2014

Seja esperta, seja elegante, seja uma Diva! Seja você!


Outro dia, eu estava com minha irmã numa grande loja de departamentos (é uma delicia circular pelas araras, olhando uma peça ou outra, sem um vendedor no seu cangote...) e começamos a falar sobre as peças que estavam na última moda. Calça estampada, saia tipo kilt, jaquetinha de couro (ui ui, couro é sempre couro, não aquelas porcarias que chamam de ecológico!), botinha... E eu soltei: - Não é porque está na moda que é bonito e não é porque é bonito, que fica bom em todo mundo! A não ser que você ainda não tenha completado a segunda década de vida, nada disso vai ficar bom! De repente, ouço: - Ai, desculpa (bem delicadinho), não pude deixar de ouvir, mas adorei você! Você é uma diva!
Ui! Era uma biba tão lindinha, mais tão lindinha, que nos apaixonamos a primeira vista! E ficamos ali, falando sobre os absurdo que ele vê trabalhando na loja (ele é consultor de estilo, fofíssimo!) e nos pecados de alguns de nossos parentes... O papo foi ótimo e eu me senti muito bem, afinal ser chamada de diva, por uma biba... não é pra qualquer um. Por que se tem uma coisa maravilhosa nas bibas: elas são absolutamente sinceras, vejam o legado do Félix! E na minha opinião, toda mulher precisa ter uma amiga biba, pra lhe dizer na cara, aquilo que as amigas mulheres não tem coragem... Uma me disse uma vez: - cruzes! que são essas taturanas em cima de seus olhos? E eu vi que precisava urgente de um design de sobrancelha! E nesse dia na loja, eu estava bem largadona: saia longa, rasterinha, camiseta basiquinha e cabelão (eu ainda tinha cabelão) preso por uma piranha bem displicente... Puxa, diva eu?
Eu sempre fui muito "fora de moda", primeiro, pela falta de grana e de quem comprasse minhas roupas, lá na adolescência, período este que costumamos nos importar em demasia com o que os outros acham e que fazemos tudo para nos incluir nos grupos, e, como eu passei a adolescência órfã de figura feminina... a moda era algo distante. Depois, me assumi mesmo como outsider e passei a ter meu próprio estilo, de preferência bem básico, mas com uma pitada de ousadinha. Meu zeus, estou falando como uma fashionista!
Hoje, sinto que as coisas que eu sempre gostei, as que mais me chamavam atenção, as que eu sempre quis, que eu sempre admirei, são as mais clássicas possíveis. Vestido tubo preto, desde que entendo por gente, eu adoro! Eu via nos filmes dos anos 50 e 60 e adorava! Scarpin, uau, nada mais chique, se for preto e branco... um luxo! Colar de pérola falsa! lindo. Tudo isso com uma referência óbvia a Coco Chanel! E vestido trapézio...ai que lindo! Yves Sait Laurent sabia das coisas, terninhos, visual andrógino... E claro, depois o estilo rock/biker; jaqueta de couro (desculpa, mas meu lado Greenpeace fica de lado agora, couro tem que ser pele de algum bicho que morreu... de preferência bovinos, já que viraram bife e churrasco... Couro ecológico não vale! Aliás, de ecológico não tem nada, são feitos de polímeros tão tóxicos quanto qualquer outro, não se engane!), calça skynni, bota, camiseta babylook... Ou seja, nada disso sai de moda! Tudo isso são clássicos
Por mais que algumas coisas apareçam do nada, coisas clássicas nunca sairão de moda e ai reside o segredo das pessoas que parecem que não envelhecem! Elas são sempre clássicas! Uma vez li no livro da Claudia Matarazzo, Etiqueta sem frescura (aliás, deveria ser livro de cabeceira, pois fala de ser elegante, sem mimimi.) que quanto mais se muda, mais seus defeitos aparecem, quanto mais muda seu cabelo, mais as pessoas tendem a ficar olhando e percebendo seus defeitos. Quanto mais nos mantemos estáveis na aparência, menos nossos defeitos são salientados. É o que eu sempre digo: A arte do ilusionismo! Claro que tenho as marcas do tempo no meu rosto e corpo, afinal, já vivi um bocado, mas as pessoas dizem que não notam, ou são bem mentirosas, ou não não notam mesmo (mas eu sim, que fique registrado!), agora imaginem, se eu aparecesse de cabelo loiro... minhas ruguinhas e marcas de expressão chegariam antes de mim nos lugares. Meu peso, sempre foi estável, com algumas exceções de alguns períodos de extrema magreza ou de gordurinhas absurdas aliadas a gravidez ou a uma depressão, praticamente o meu corpo está igual. E eu vivo ouvindo: você não envelhece? Envelheço sim, queridos e como, mas eu tento atenuar o envelhecimento da forma mais natural possível. Com o passar dos anos aprendi a usar a tecnologia a meu favor - não vivo mais sem BB Cream! - maquiagem sutil, roupas que seguram as pontas sem apertar e sem virar um desastre quando nos despimos, porque vocês sabem; não uso nada beige... nada é pior que beige! E aquelas coisas; cintas e espreme e espreme, são sempre beige! Isso brocha qualquer um, inclusive eu mesma! Se eu me vir vestindo um treco daquele, acho que me suicido! Assim como, ninguém vai injetar nenhuma toxina no meu corpo... no thanks, já sou tóxica demais e também, ninguém vai injetar gordura da minha bunda na minha cara... Seria o fim!
Escolhi envelhecer com dignidade, prefiro ser uma velhinha (quando chegar a hora, claro!) bem fofinha e lindinha, do que a noiva do Frankenstein apocalíptica que vemos por ai, na balada...
Quero ser eu, do meu jeito e estilo próprio. Por mais que eu admire certas pessoas, não dá para ser como elas... Uma vez ganhei um vestido de uma super hiper mega querida... ela queria que eu ficasse mais glamurosa... advinha? Ficou horrível em mim! Porque o estilo não era meu, era dela. Felizmente, ela é uma fofa e trocou por algo mais a minha cara... E não adianta me falar para fazer mechas, luzes e os cambau... ou gosto do cabelo que eu tenho, agora curtindo o channel adoidado, claro sob o olhar de reprovação de algumas das minhas amigas... Meu cabelo é assim, desde pequena, liso, reto, caído para o lado direito, agora tenho luzes naturais; cabelos brancos disfarçados por henna (a quase 20 anos uso henna!) e minha unha... vermelha, preta, natural, nude, chocolate, bronze. O máximo da ousadia, verde esmeralda quase noite e azul marinho metálico... Azul caneta bic, nem pensar! E não porque a aquela da novela está usando verde diarreia que eu vou usar!
Eu sou assim, se eu quiser sair de qualquer jeito, eu saio! se quiser sair despenteada, também... Mas é claro, nunca esmulambenta! Afinal, eu sou uma DIVA!
E por último; a moda geralmente feita por muitas bibas, que as vezes tem manifestações artísticas e são apenas para a passarela, outras, porque alguns morrem de raiva da gente mesmo, e lançam umas coisas que nos deixam uó e o povo corre usar... Isso é um perigo! Porque se uma amiga biba é tudo de bom, uma inimiga, pobre de nós!



PS - só consigo colocar clipe para trilha sonora e imagem, se eu usar um pc comum... essas Icoisas são muito complicadas... e como estão na moda!

domingo, 1 de junho de 2014

Um dia na vida.

Sempre pensei no tempo como algo realmente intrigante. Até que cheguei a conclusão de que ele não existe! Tive essa visão ao voltar de uma viagem que eu queria muito fazer, foi um ano todo de planejamento, expectativas, preparativos e de repente, me vi voltando e pensei: onde está o tempo? Não podemos pegá-lo, guarda-lo, voltar... simplesmente podemos sentir os efeitos dos eventos passados por nós, mas o tempo não. Por isso, não se pode voltar.
Quando dava aula de filosofia, sempre abria as minhas aulas perguntando sobre a única certeza que temos na vida, algumas turmas matavam a charada de imediato, outras demoravam um pouco mais, mas todas chegavam a terrível constatação de que a única certeza que temos na vida é que vamos morrer! Ponto. Fato! e por mais que a humanidade tente fugir com tentativas absurdas de se prolongar ao máximo a vida, somos seres mortais. Chegamos a esse mundo, cumprimos nossa missão e partimos. Alguns têm missões que são mais longas, outros, mais curtas, mas o que imutável é a nossa perenidade. Cada dia, na verdade é menos um dia. Nossa areia está escorrendo e não nada que possamos fazer, estamos em contagem regressiva desde o dia de nosso nascimento.
Puxa, isso deveria nos deixar deprimidos... Não, claro que não! mesmo porque acredito piamente que a morte não é o final, porque estou falando da morte do corpo, nunca da alma. É como a lâmpada que queima, mas a eletricidade continua a existir...
A mortalidade é algo absolutamente fantástico, dizem que até os deuses invejam a nossa condição de mortais. Quem se lembra do filme Highlander? Imortais lutavam entre si e o ultimo ganharia o prêmio final: se tornar mortal. Quem não se lembra das cenas do jovem highlander sofrendo ao ver sua amada morrer de velhice ao som de Who wants to live forever, do Queen? Triste não é? Imaginar todos os que amamos partindo e nos deixando...
Além do mais, o que fazemos entre o primeiro e o ultimo dia de nossa vida é que a chave. Fazemos coisas magníficas, para nós mesmo, para os outros, prestamos atenção nas pequenas coisas ou somente nas grandiosas? Amamos de verdade, aceitando as coisas como são, ou vivemos esperando que o amor de novela apareça?


Banda do paraíso.