Ontem, assisti de novo "aquele" velho filme: Ele não está tão afim de você. Li um post antigo e vi que eu havia escrito parte I... E nunca escrevi a parte II. Engraçado, o que será que eu pretendia escrever na parte II? Já faz tempo e eu não me lembro. Mas no que se diz a respeito desse assunto, nunca vai faltar repertório! Talvez, eu não tenha escrito, porque eu estava me considerando a excessão. Mas isso não foi ruim, me entendam... Cheguei a conclusão que as condições mudam o tempo todo, de uma hora somos regras, outra somos excessão. E assim é com todo mundo, até com os meninos.
Partindo da generalização empírica de que todos o corvos são pretos, tendemos a aceitar nosso destino com resignação e uma dose de autopiedade. Assim, como colocamos o rótulo no outro e pronto, todos os homens são canalhas ou todas as mulheres são loucas. Quase isso, mas nem todos.
Como nem tudo que é preto é corvo, ficamos meio confusos quando vemos algo que nos tira da zona de conforto, assim como a mocinha do filme, quando se depara com o rapaz que lhe dizia que as mulheres é que colocam expectativas demais nos homens, se declarando.
Eu disse que estava me sentindo a excessão e era mesmo. Eu estava (verbo estar, não ser) porque eu realmente estava fora do padrão. Tanto fora do padrão que o pessoal nem entendia, até criticava um pouco, mas estava tudo bem, até que... De repente, algo fora de controle, mudou tudo! E a culpa é de quem? Só pode ser das estrelas! Nesse caso específico, vou botar a culpa em Aldebaran! Que osta! Tudo bem, feliz, nas nuvens e vem um raio e muda tudo de lugar. Voltei a estar regra! Ces' t la vie.
O que me faz pensar é se nós não damos tamanha importância para o que queremos e esquecemos o que vivemos? Penso que assistimos filmes demais, novelas demais, ouvimos musica demais e projetamos demais.
Os filmes terminam e nem vamos saber se o mocinho vai conhecer outra, se a mocinha vai virar uma chata dominadora, se um câncer vai atacar um deles, ou se simplesmente o relacionamento vai esfriar. Pensamos que o final feliz dura pra sempre e quanto é pra sempre? Como diz o poeta: o pra sempre sempre acaba.
Que triste... Não é nada! Não é porque acaba que... ACABA! As coisas não acabam... Elas permanecem, no melhor memory card que existe; nossas lembranças! Guardadinhas em um local super seguro, ninguém deleta, nem formata... E mesmo que você não queira, elas ficam lá. E toda as vezes que você sentir um cheiro, um gosto, ou ouvir algo, você vai ser transportado para aquele momento...
As coisas mudam. Isso é doido, mas a gente sobrevive e um belo dia, percebe- se que você pode estar mudando de estado, de regra para excessão e assim vai. E o único jeito de se libertar é atingir o Nirvana, budista... Não vá ficar ouvindo o Nirvana, banda, que aí a coisa fica tensa. :) Desculpe, não aguentei a piada!
Bem... No final somos como a água, mudamos de estado de acordo com o ambiente.
Agora, tem uma coisa que me incomoda sempre: as frasezinhas de facebook. Li uma assim, a mulher sem um homem é como um peixe sem bicicleta! Bem se vê que quem escreveu não entende nem de peixe, nem de bicicleta, nem de homens, nem de mulheres! Cada um precisa daquilo que precisa! E precisamos de coisas diferentes. Assim como nem tudo que é preto é corvo, nem tudo que é peixe vive sem bicicleta, nem toda mulher vive sem homem! Tem umas que sim, outras que não. E generalizar não faz bem a ninguém. E o que é regra pra uns, é excessão para outros e assim vai.
Estejamos regras ou excessões, mas estejamos firmes e com confiança e sabedoria de que a não há mal que sempre perdure, nem bem que nunca acabe.