O que passa na minha cabeça

Toda mulher, desde que se entende como gente, vive dilemas. Algumas encaram esse dilema eterno com amargura, tristeza, depressão... Outras, com bom humor. E encarar a vida com bom humor é um santo remédio pra rugas! Aqui vou escrevendo as coisas que vou vendo por aí, conto algumas experiências minhas, experiências de minhas amigas, amigos... Claro, sempre preservando a intimidade, algumas coisas que conto não aconteceram bem assim, mas poderiam ser... Enfim, realidade e ficção... São duas possibilidades e ai tem mais um dilema: A vida imita a arte ou vice versa?
Como escrevo numa paulada só, ou seja, sento , escrevo e publico, as vezes engulo uma letra, repito uma palavra. Acabo não fazendo correção do texto por medo de perder a espontaneidade. Então, perdoem meus pequenos errinhos, podem até me mandar um comentário mostrando. Espero que todos se divirtam aqui.

sábado, 27 de abril de 2013

O alfa e o omega.



Aproveitando o repouso obrigatório em que me encontro, resolvi usar esse tempo ocioso para colocar meus pensamentos em dia. E o incrível é que eu ouvi que o vírus que me atacou ficou mais forte em mim porque eu penso demais... Claro que quem me falou isso, foi um homem! Fez até aquele movimento com a mão e aquele barulhinho com a boca; bzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz. Fui do choro ao riso em alguns segundos... Não sei se ri, pra não matar ele, ou porque achei engraçado a audácia do moço! É, tá eu penso demais! 20 anos de meditação para parar o pensamento e nada!
Bom, então vamos lá:
Tem coisas que por mais óbvias, ainda nos espantam. Apesar de tudo pelo que a humanidade já passou, existem aspectou de nossa vida, que simplesmente não se pode mudar.
Lá, dentro dos nossos genes, no fundo de nosso DNA, estão escondidas todas as nunces de nossas vidas e por mais que se tente negar, elas estarão lá, nos fazendo ter o comportamento que nos espanta.
Bom, por que cheguei a essa conclusão? Ouvindo estórias e formulando as minhas teorias.
Esta semana, ouvi uma história bem interessante e me fez pensar (ueeeeepa 1, 2, 3!) sobre nossas preferencias.
A história é a seguinte; uma perséfone super hiper mega power! Lindona, resolvida na medida do possível ( nenhuma mulher é bem reoslvida, a gente tenta), estável financeiramente, inteligente, gente boa, enfim  a powerpuff girl, andou batendo a cabeça aqui e ali por causa de um ogro bem convicto. Sabe aquele ogro que a gente despreza? Pois é, é ele. Depois de um tórrido e breve roamance, a moçoila ficou pelos cantos, sofreu, chorou, ficou com raiva, enfim, passou por todas as fases, até que conseguiu se alinhar.
Depois de algum tempo, aparece um cara, bonitão, idade boa, aparência legal, descoladão, com os mesmos gostos, totalmente up to date com a moda, alardeia que gosta de comprar roupa na escraviZARA, usa cuequinha moderna, carro de playboy, academia todos os dias, apreciador de coisas finas, seguro, gentleman, parece um sonho! Até a manhã seguinte! Noite perfeita, tudo impecável, até o dia raiar... Ai, dá vontade de mandar embora! Como se o encanto se quebrasse de alguma forma, o príncipe virou sapo!
E por que essa história fez minha cabeça funcionar bzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz (uepa! 1,2,3!)? Porque logo em seguida veio a fala; engraçado isso, com o ogrão não era assim, eu queria ficar com ele o tempo todo!
Bingo! É isso... o ogro tem algo que o gentleman não tem! Tem a química, tem algo que a gente não consegue explicar em palavras, não consegue entender pensando (vai ver que é por isso que eu penso muito!!!!!!), enfim, é como se a gente ficasse enfeitiçada, nada é muito lógico! Ah, vamos dizer que é amor... e nada é muito lógico no amor, quando amamos é algo irracional mesmo! A pessoa não é a mais bonita, nem a mais jovem, nem a que tem a melhor forma, não tem nada com padrão, mas pra nós, ficam lindos!´São algumas coisas que nos fazem sonhar, um gesto, uma palavra, uma habilidade que parece incrível que só aquele tem...
Agora, pára tudo! estás a escutar sininhos? Então que tal um choque de realidade? O cara é tudo isso, mas é um cretino! Como todo homem é covardão, interesseiro, egoista, com traços de misogenia, desprezível e repugnante! Além de tudo é preconceituoso, totalmente politica e ecologicamente incorreto, mandão, arrogante e... como é que a gente adora isso?
Vai ver que é porque algumas de nós, não todas, ou sei lá todas... carregamos em nós o gene que diz que os mais atraentes são que mais se assemelham aos animais predadores, fortes e viris e por um acaso, tem um montão de fêmeas! Ou seja, o macho alfa! Não nos interessa os beta, nem os delta e muito menos os gama... os que nos interessam são os alfa! Homem muito bonzinho é meio chato, entediante! Vejam as propagandas! Quem eles retratam? Olhem os galãs! Quem é o homem mais sonhado do cinema? Jamens Bond! Há 50 anos as mulheres sonham com aquele cretino! Seja lá que ator o interprete, ele nunca vai poder ser de outro jeito! Desde de vovós até as mocinhas modernosas de hoje, assistem seus filmes e pensam: ai meu zeus, que homem é esse? Vai negar? Pode negar, mas lá no fundo a gente é louca pra um alfa nos levar ao nosso omega! Porque perto desses alfa, os outros viram fumaça, dá até pena! Nobody does it better.
Que ódio, né amigas? Como é que a gente ainda dá bola pra esses sujeitos? Todas nós já tivemos um alfa em nossas vidas, mesmo que eles não façam mais parte dela, que algumas de nós sejam mais evoluidas biologicamente,tenham se livrado dessa praga, sempre vamos nos pegar pensando nosso malvado favorito. E por mais que a gente dê conselhos às nossas amigas, se por acaso o cara aparece, as pernas amolecem, o toque da mão faz a gente querer cantar  and when I touch I feel happy inside... e a gente simplesmente esquece tudo e se não vai, morre de vontade. E atire a primeira pedra quem não tem um Mr Big na sua vida! Vamos lá, meninas não tenham vergonha.
Ter um alfa por perto é muito bom, ele nos faz sentir as mais lindas, as mais amadas, as mais desejadas, as mais especiais e de repente, vão embora! Simples assim! Why'd you have to be so good? E daqui a pouco eles voltam, feito elástico... Ai, nos resta aceitar ou não.
O bom mesmo é fazer como a menina superpoderosa; enquanto o alfa ou outro alfa (eles são a minoria, mas existem mais por ai), não aparece, tem o  principe gama (acho que está mais para omicron, sei lá esse negócio de comprar roupa)... até a manhã seguinte.

sábado, 6 de abril de 2013

Listen to the music



Sábado a noite... sozinha  na casinha. As vezes é bom, ficar quietinha, descansar, fuçar nas redes sociais, assistir porcaria na TV, comer porcaria, usar roupa zoada, deixar a casa bagunçada (é... eu deixo a casa bagunçada tá, de vez em quando... isso derruba a tese que alguns têm que eu sofro de TOC!*)
Então, fiquei aqui zapeando a tv e adivinhem? Não achei merréca nenhuma para assistir! Me digam uma coisa; por que raios eu pago a osta de tv a cabo com trocentos canais, se na hora que eu posso assistir não tem chongas nenhuma passando? Sei lá! Vai ver que é porque eu tenho dinheiro pra jogar fora...
Dinheiro jogado fora a parte, deixei em um canal de música e o que vejo? Um bando de clipes cheios de efeitos especiais, incontáveis trocas de figurinos, bailarinos, caras saradões, mulheres rebolando com se estivessem tomando descargas elétricas e... mais nada! Cadê a música? Minha nossa... o mundo anda tão ruim, mas tão ruim, que nem música se consegue fazer mais! Passou um clipe de uma tal de Niki Minaj, a mulher foi elevada ao status de diva ao entrar para o juri de American Idol, mas quem diabos é Niki Minaj? Ela é a "estrela" da campanha da MAC e a música, quero dizer o som que ela produz tem uma letra que fala de va va voom e ba ba boom boom! E os figurinos, cruzes... Deixariam a Lady Gaga com inveja! Falando nela, poxa será que ela não percebe que tem voz e nem precisa ser tão esquisita? Outro dia ela soltou um veneno para cima da Adele (essa sim canta, mas será que vai sobreviver, ou vai acabar tendo que mudar o estilo pra vender, ou simplesmente vai sumir?); disse que o show da Adele é chato porque ela canta sentada. Bem a Adele contra atacou dizendo que ela conta sentada porque tem voz... Ui! Guerrinhas de ego a parte, sei que a música anda bem pobre mesmo, é preciso muito visual para compensar o pouco que se tem de áudio. E a musica brasileira então? Nossa está de chorar, lelekes, delícias, camaros e por aí vai. Não precisa saber cantar, nem ter letra bonita, desde que uma grande rede de tv queira ganhar ibope as suas custas e bum! Você vira um super astro... E os programas de calouros e afins? Não dá pra engolir... a vencedora do The Voice Brasil, nem sei o nome, mas sabia cantar. ela vai fazer sucesso? Nâo. Por que? É obesa, homossexual, negra e não rebola! Que fique bem entendido, não tenho nenhum preconceito, mas esse é o fato, a moça pode até aparecer em alguns programas, vender uns discos, mas vai parar por aí. é uma pena... E isso não é prerrogativa do Brasil, vejam o próprio American Idol, está uma tristeza!
O jeito é ficar ouvindo sempre a mesma coisa, ouvir rádio vintage e tentar ficar imune ao lixo que tentam nos enfiar goela abaixo. Apesar de cultivar com carinho e muito ciume meus discos de vinil, meus cds, viva o MP3, pelo menos posso gravar aproximadamente 700 musicas no meu pen drive e garantir uma boa trilha sonora, não só de Beatles vive meu pen drive não, tem desde o Led (ah o Led, falar o que do Led?) até o Chico, do Skank, até David Coverdale, com ou sem White Snake, Do Pink Floyd até a Vanessa da Mata, claro que um pouco de Ana Carolina não mata ninguém e o Radiohead, afinal depressivos também amam. E como não falar de"Deus" - Eric Clapton, claro que tem Adele, pros meus momentos de fossa (todo mundo precisa curtir uma fossa ouvindo Adele) e agora uns tals de Foster de people,  Gotye e Alabama Shakes... e ainda tem  muito mais  e muito espaço. está certo que nunca conseguir passar da música 87, afinal minhas viagens duram aproximadamente 100 km, mas o consolo é que elas estão lá, guardadinhas, imaculadas´, salvas de qualquer axé, funk e sertanejo e forró universitário... Que saudades dos universitários de antigamente que ouviam rock progressivo!



* mas, armário de copos eu não consigo, vai ver que meu toc é específico para copos, para gaveta de talheres, para cabides virados todos pro mesmo lado...

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Os incontáveis tons mais bonitos


Gostando ou não, não dá pra passar impune... mesmo porque eu acredito que quase 90%  das mulheres terráqueas foram infectadas por algun tipo de vírus intergalático que faz com que elas, de repente, do nada, resolvessem se interessar muito por sexo e dos bem sacanas...
Só agora, em 2013!
Quando eu era garotinha, eu pensava que no ano 2000 as pessoas iam passear na Lua, ali pertinho, na Lua. Pois é, a NASA foi aposentada, os ônibus espaciais viraram peças de museu, iraniano manda macaco pro espaço e astronauta americano vai até a estação espacial, ali na nossa órbita, em foguete da republica Popular da China! Sinal dos tempos. Já que ninguém vai tão cedo passear no espaço sideral, as pessoas resolveram ir ao espaço sexual, tão distante, ou talvez mais, audaciosamente indo onde nenhum homem, digo, mulher jamais esteve...
Depois de milênios escondendo algo que é absolutamente natural, a dona de casa ali da esquina, lê um livro e sonha ser vendada, amarrada e chicoteada por cara saradão.  
Me parece meio maluco, que de repente, as mulheres resolveram colocar tudo pra fora, toda a opressão de sentimentos, humilhação e repressão de uma vez. Mas precisava ser de uma vez? E de uma forma tão besta e sem reflexão.
Até  a mais recatada das mocinhas já ouviu falar no Christian Gray - acho engraçado ele ter nome de empresa de cosméticos porta a porta dos anos 70 - dai vem o nome, cinza, grey, um trocadilho com o nome... Um homem, fruto da imaginação de uma mulher de meia idade, casada, mãe de 2 filhos, produtora de TV, ou seja, alguem que sabe muito bem como entreter as pessoas com coisas idiotas e que deve ter vergonha do seu nome próprio, já que assina somente suas iniciais e sobrenome, ou apenas quer imitar a criadora do Harry Potter.
Já ouvi muitas pessoas comentando sobre o livro, suas passagens e pasmem, até gente dizendo que já experimentou tudo aquilo... assim, do nada. Esse assunto me chamou atenção porque tenho ido trabalhar de metrô e há uma grande quantidade de pessoas lendo no metrô e advinhem qual é o grande best seller dos trilhos paulistanos? Os tais tons de cinza e suas nuances. Já vi muitas mulheres, meninas, senhoras e até um cara lendo. O que mais me chamou atenção foi ver uma mulher lendo o livro escondido dentro da Bíblia!  E as propagandas nas estações, dentro dos trens... Lindo. Ou seja, se você não leu, cometeu sacrilégio.
Desde que o mundo é mundo, as mulheres sempre tiveram sua sexualidade escondida, proibida e até punida, mas ela sempre esteve lá, mesmo a religião classificando como pecado, escondidinho, as coisas sempre aconteciam dentro de 4 paredes. Sempre houve escapadelas literárias proibidas O amante de Lady Chately, lançado em 1926, foi considerado obceno e o escritor de Madame Bovary foi julgado por ofensa a moral e a religião e mesmo assim, milhões de donas de casa e mocinhas casadoiras leram suas páginas às escondidas.
Não há problema nenhum em literatura picante, aliás é bem legal, o que não dá pra engolir é literatura barata, claramente feita para arrecadar milhôes de dolares mundo a fora, sendo empurrada goela abaixo das pessoas, depois do fantástico sucesso da JK Rolling e seu Harry Potter, vieram na onda a saga Crespúsculo para as adolescentes sonhadoras, transformando vampiros em heróis, agora temos a saga do Sr. Gay, para as mulheres insatisfeitas com suas vidas. Só que ler as peripécias de um casal fictício, não as faz mais feliz, nem plenas, nem satisfeitas, nem realizadas. Sem contar que os parceiros, para as que os tem, podem não ter nada de cinza, podem não ser chegados numa brincadeirinha sadomasô e pode se assutar com a patroa de repente transformada em ninfomaníaca. E ai, shit happens!
Cinza nunca foi uma cor divertida, muito pelo contrário, só não é mais tediosa que bege, porque nada é pior que bege... O que vale mesmo é ter cumplicidade, empatia... amor pelo outro. Se a relação está ruim, nenhum acessório é capaz de salvar e sexo pra ser bom, tem que haver química, porque sem química não vai rolar nenhuma física e tudo virará história e daquelas que devem ser esquecida.
Quando a química é boa e há amor, tudo é bom, não precisa ser nenhum acrobata, as coisas mais simples são uma delícia e as cores do mundo ficam maravilhosas e adquirem tons que ninguém é capaz de descrever.




sábado, 26 de janeiro de 2013

Mofo deu...

Quem é que nunca comprou uma coisa sabendo lá no fundo que nunca ia usar, que atire a primeira pedra!
Quem sempre, apesar de comprar muita coisa, tem a sensação que nunca tem roupa? Quem tem no armário peças que só usaram uma única vez?
Pois é, queridas... todas nós somos exatamente iguais! Tirando uma ou outra mais ajuizada... o resto é louca e desvairada mesmo... pros homens a vida é mais simples.
Por que andei pensando nessas coisas? Um início de ano ultra acelerado no trabalho, muito chuvoso, faz a gente ficar pensando sobre questões existenciais. Então, essa chuvarada toda fez a maioria das minhas roupas mofar! Mofou quase tudo, vestido, jaqueta, casaco, cinto, bolsa e sapatos... Putz, esses mofaram pra caramba! E olha que eu sou uma bem aventurada dentre as mulheres, afinal eu tenho um closet (básico, pequeno, simplezinho, mas é um closet!) e um super armário embutido de parede inteira! Ou seja, espaço é o que não me falta, mas será que não me falta? Falta e muito! Ai cheguei a simples conclusão que tenho um excesso de coisas que beira a doença! Tive que tirar tudo e colocar pra tomar ar... aí eu vi que a quantidade de coisas chega a ser vergonhosa! É capaz da população inteira de um país do terceiro mundo ter menos coisas... Que vergonha!
E apesar de todo esse senso de respeito aos recursos naturais, esse meu discurso ecocorreto, como é que eu caio nessa?
Poderia eu ficar horas e horas debatendo causas filosóficas para esse meu consumismo selvagem, mas na verdade é porque eu sou boba mesmo... a moda me seduz! E moda é uma coisa besta, e mesmo sabendo disso, lá vou eu gastar meu suado e escaço dinheirinho, nas últimas tendências!
Me espantei outro dia, comigo comprando uma camisa de viscose... VISCOSE! É minhas queridas, aquilo que a um tempo atrás era motivo de gozação em programa humorístico de gosto duvidoso, está in... e se você não tem um... você está out! bem me lembro da infinidade de camisas de viscose que tive lá nos idos dos anos 90, das saias cintura alta e justíssimas, dos scarpins, das roupas de cores neon que eu tive... e não é que tudo isso voltou?
Ao ter que me deparar com a maioria das minhas vestimentas mofadas, tive que enfrentar cara a cara, peças que trouxeram lembranças, umas tristes, umas felizes, apareceu até aquela peça que comprei um numero menor (porque estava em liquidação e na liquidação nunca tem o seu número) e jurei que iria emagrecer pra usar! Óbvio que não emagreci, depois de muito me torturar, cheguei a conclusão que meu peso é sempre estável e com pequenas variações ao longo dos anos, ou seja, ou eu compro algo do meu tamanho, ou nunca irei usar! Descobri que tenho coisas que eu nem me lembrava mais que tinha, coisas que estavam esquecidas, coisas que eu deveria esquecer mesmo, afinal eu deveria estar numa baita tpm pra comprar aquilo... Sapatos, meu zeus... fiz até uma separação: sapatos de balada/sair, sapatos de festa, sapatos de final de semana, sapatos de inverno, sapatos de férias, sapatos de ficar em casa e sapatos de trabalho... ah e claro, a minha galocha! É minhas amigas a coisa é grave... eu tenho uma galocha... Chego a uma triste constatação: os sapatos de balada, sempre uso os mesmos, que apesar de serem desconfortáveis, conseguem ser suportáveis, sapatos de festa... preferia pular essa sessão, afinal eu nem vou a tantas festas assim, uma sandália e um escarpin preto já bastariam, sapatos de final de semana, bem... ou eu uso as duas rasteirinhas da minha coleção de nove (nine...) que não "comem" meu calcanhar,  ou uso meu indefectível AllStar azul, sapato de férias, são aqueles que eu deveria usar aos finais de semana, se os finais de semana fossem compostos por 15 dias seguidos, mas como nas férias eu uso os sapatos dos finais de semana... Sapato de ficar em casa, leia-se chinelos havaianas... tem uma que eu não uso quase nunca, pois acho ela linda e como não encontrarei mais para comprar, caso a tira arrebente, fica guardadinha dentro do saquinho de tnt, tenho até uma que se o modelo é High, ou seja um chinelo de salto! Ah, e tem também um chinelinho de vovó para os dias de frio... sapato de inverno = botas, ah essas são úteis, mas não precisa ter duas quase que idênticas! Os sapatos de trabalho, são atualmente sapatilhas... que eu gostaria de usar só aos finais de semana, mas como o trabalho exige caminhar muito... Ah, esqueci da categoria das coisas inúteis, que além da galocha, ainda conta com um sapato boneca tricolor que eu acho um luxo só... mas não consigo sair nem da garagem com ele... Uma vez sai com meu Hades e usei o moderninho a que me referi, perguntei se ele tinha gostado, afinal ele sempre gosta dos meus sapatos...o moço é um gentleman, pense num cara gentil e educado, é ele! (dei sorte, fala a verdade... morram de inveja!) Ele olhou e soltou: - é colorido, né? Entortando a boca pro lado... Já o ogro do meu irmão falou: puta sapato feio! Enfim, ele tá lá... Pensando em tudo isso, eu sobreviveria até a desastre nuclear com 1/3 dos meus sapatos...
E isso foram só os sapatos... É, toda mulher é meio Imelda Marcos...
Ainda tem os casacos, vestidos, jaquetas, pijamas, lingerie, bolsas, bijoux...
Fiquei cansada ó pensar...
Ai, tive que me abalar até o Brás,  de metrô, comprar uma arara de loja, lavar e o pior... p a s s a r  tudo!  Quando eu morrer e se  for pro inferno, meu castigo será passar a eternidade passando roupa e ouvindo funk e sertanejo universitário...
Resolvi fazer uma promessa, que irei tornar pública, agora: não comprarei uma peça de roupa até junho - permiti junho, pois vai que eu precise de umas roupas de inverno... e sapato, só em dezembro... Amigas, me ajudem a passar por essa provação!
Eu deveria dar fim em um monte de coisas... Mas já que a moda vai e volta e eu tenho a fama de clássica... não vou dar é nada! Só aquilo que realmente sei que nunca vou voltar a usar, ou que nunca usei. Mofou, mas é meu! No máximo eu troco: quando ganho algo que está entupindo o armário de outra perséfone, eu dou algo também...
Espero que eu seja corajosa e perseverante... e podem apostar, vou andar por aí com coisas que a maioria vai jurar que saiu da loja a pouco... Enquanto junho e dezembro não chegam o melhor é aprender a amar o que tenho e deixar de desejar as coisas que estão nas vitrines...  Posso até fazer uma reciclagem... já separei umas peças que passarão por recauchutagem. E vamos botar as coisas pra dançar, colocar em uso, fazer valer as regras do feng shui, a energia precisa fluir... pedras que rolam não criam limbo e coisa parada... mofa e aí mofodeu! Afinal, o ritmo está no coração e não nas vitrines!
Volto logo!



quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

O grande dilema



Muitos me perguntam por que escolhi esse nome para o nosso blog, já havia explicado anteriormente, mas como nos últimos tempos temos ganhado vários novos leitores, resolvi avivar a memória.
Primeiro, leiam o mito de Perséphone:

Persephone - Filha de Zeus e Deméter , seu nome significa “portadora da destruição”. De início, Persephone era chamada Coré. Hades, tendo se apaixonado loucamente por Coré, pediu permissão à sua mãe, Deméter, para desposá-la. Sem querer perder a companhia da filha que muito amava e a auxiliava no cultivo dos campos, recusou-lhe o pedido. Certa feita, Coré andava pelas pradarias de Ena, na Sicília a colher flores, quando se deparou com um lindo narciso, solitária flor à beira do lago.
Ignorando tratar-se de um ardiloso truque, a inocente jovem se aproximou inclinando-se para apanhar flor tão singela. Subitamente a terra abriu-se a seus pés e de suas entranhas surgiu Hades dentro de um carro. Coré foi arrebatada para as profundezas dos Infernos. Com seu rapto e subsequente violação, Coré, que significa “virgem”, passou a se chamar Perséfone. Desesperada, Deméter partiu à procura de sua querida filha e, retirando-se do Olimpo, estabeleceu-se na cidade de Elêusis. Amaldiçoou a terra que imediatamente foi assolada por impiedosa esterilidade. A deusa jurou somente retornar para junto dos imortais quando reencontrasse Perséfone. A pedido de Zeus, Hades concordou em devolver sua sobrinha, agora também sua esposa. Porém, Persephone já estava apaixonada por Hades e viu-se em meio a um dilema, retornar a sua mãe ou continuar com seu marido. Assim, o senhor do mundo inferior a fez comer um bago de romã, pois quem nos Infernos se alimentasse, para lá sempre haveria de retornar. Hades e Perséfone ficaram assim, unidos por toda a eternidade. Para satisfazer a mãe e ao marido, Persephone ficaria durante quatro meses do ano em companhia do marido nas profundezas subterrâneas. É durante esse período, o outono, que a terra passa por um momento de dormência, simbolizando a tristeza e a saudade da mãe que se vê forçada a se separar da filha. Nos demais meses do ano, Deméter e Perséfone estão juntas, vivendo lá no alto do Olimpo. Por esse motivo, Perséfone figura na mitologia tanto quanto divindade agrícola quanto como deusa e rainha das trevas, guardiã dos segredos e mistérios do mundo infernal.

Lendo esse mito, percebi que nós mulheres somos cheias de dilemas: dedicar-se a família ou a carreira, fazer dieta ou comer coisas gostosas, fazer chapinha ou deixar o cabelo cacheado? Enfim, vivemos sempre tendo que tomar decisões, claro que os homens também as tomam, mas parecem menos afetados por tantas decisões, eles simplesmente... agem. A gente pensa muito.
E esse negócio de Hades e o mundo inferior, já pensaram que sempre temos um em nossas vidas? Eles aparecem, nos arrastam, transformam nossas vidas, nos tiram do nosso conforto, nos mostram um mundo de sofrimento, mas a gente sempre gosta disso e o pior ou melhor, a gente gosta de ficar nesse mundo... Talvez porque para nós, nem seja tão inferior assim. As pessoas falam: esse cara só te usa, ele não quer nada com você e todo aquele blablabla... Mas assim como a Persephone, a gente acaba gostando muito do mundo inferior e descobrindo que com o nosso Hades somos rainhas, mesmo que por algum tempo e que no fundo, ele é um cara muito melhor que os outros por aí.
Eu não sei de vocês, mas eu prefiro ser rainha por uns breves momentos, do que viver sendo infantil o tempo todo!

terça-feira, 1 de janeiro de 2013


2012 já foi... Agora nos resta apostar nossas fichas em 2013!
Geralmente, é sempre a mesma coisa; as mesmas promessas, a mesma esperança de um ano muito melhor, mais dinheiro, um amor verdadeiro, emagrecer, começar na academia... aquela coisa toda e no final deste ano, a gente vai perceber que a maioria das promessas não foi cumprida. Mas o que importa é continuar sempre com a fé, inabalável, afinal, se não fosse por ela, a gente nem saía da cama.
Espero, de verdade, que todas as perséfones sejam felizes em 2013, que encontrem um amor que as faça sonhar, mas que não se tornem obsessões, que todas emagreçam os quilos necessários para manter a saúde, que encontrem os exercícios que deem prazer e mantenham o corpo em movimento, que parem de gastar dinheiro com modismos bestas, que deixem de dar ouvidos ás opiniões alheias, que por mais bem intencionadas, são a opinião dos outros, que sejam mais confiantes e que vivam suas vidas para praticar o bem, seja em atos e pensamentos. 
Pra dar uma forcinha, lá vai uma mandinguinha:

Bruxa, bruxinha
Que a cada ano eu fique mais bonitinha,
Que nunca falte dinheiro na bolsinha,
Que minhas amigas não sejam de mentirinha,
Que meus amor seja como uma florzinha;
que nascerá, crescerá, florescerá e dará muitas sementinhas,
Começando tudo de novo, quando parecer que acabou.
Diga isso olhando pra lua e dê três pulinhos.

Vai dar certo? Sei lá, mas que é bonitinho é...
Volto loguinho, contando os acontecimentos do reveillon.
Beijinhos.