O que passa na minha cabeça

Toda mulher, desde que se entende como gente, vive dilemas. Algumas encaram esse dilema eterno com amargura, tristeza, depressão... Outras, com bom humor. E encarar a vida com bom humor é um santo remédio pra rugas! Aqui vou escrevendo as coisas que vou vendo por aí, conto algumas experiências minhas, experiências de minhas amigas, amigos... Claro, sempre preservando a intimidade, algumas coisas que conto não aconteceram bem assim, mas poderiam ser... Enfim, realidade e ficção... São duas possibilidades e ai tem mais um dilema: A vida imita a arte ou vice versa?
Como escrevo numa paulada só, ou seja, sento , escrevo e publico, as vezes engulo uma letra, repito uma palavra. Acabo não fazendo correção do texto por medo de perder a espontaneidade. Então, perdoem meus pequenos errinhos, podem até me mandar um comentário mostrando. Espero que todos se divirtam aqui.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

O grande dilema



Muitos me perguntam por que escolhi esse nome para o nosso blog, já havia explicado anteriormente, mas como nos últimos tempos temos ganhado vários novos leitores, resolvi avivar a memória.
Primeiro, leiam o mito de Perséphone:

Persephone - Filha de Zeus e Deméter , seu nome significa “portadora da destruição”. De início, Persephone era chamada Coré. Hades, tendo se apaixonado loucamente por Coré, pediu permissão à sua mãe, Deméter, para desposá-la. Sem querer perder a companhia da filha que muito amava e a auxiliava no cultivo dos campos, recusou-lhe o pedido. Certa feita, Coré andava pelas pradarias de Ena, na Sicília a colher flores, quando se deparou com um lindo narciso, solitária flor à beira do lago.
Ignorando tratar-se de um ardiloso truque, a inocente jovem se aproximou inclinando-se para apanhar flor tão singela. Subitamente a terra abriu-se a seus pés e de suas entranhas surgiu Hades dentro de um carro. Coré foi arrebatada para as profundezas dos Infernos. Com seu rapto e subsequente violação, Coré, que significa “virgem”, passou a se chamar Perséfone. Desesperada, Deméter partiu à procura de sua querida filha e, retirando-se do Olimpo, estabeleceu-se na cidade de Elêusis. Amaldiçoou a terra que imediatamente foi assolada por impiedosa esterilidade. A deusa jurou somente retornar para junto dos imortais quando reencontrasse Perséfone. A pedido de Zeus, Hades concordou em devolver sua sobrinha, agora também sua esposa. Porém, Persephone já estava apaixonada por Hades e viu-se em meio a um dilema, retornar a sua mãe ou continuar com seu marido. Assim, o senhor do mundo inferior a fez comer um bago de romã, pois quem nos Infernos se alimentasse, para lá sempre haveria de retornar. Hades e Perséfone ficaram assim, unidos por toda a eternidade. Para satisfazer a mãe e ao marido, Persephone ficaria durante quatro meses do ano em companhia do marido nas profundezas subterrâneas. É durante esse período, o outono, que a terra passa por um momento de dormência, simbolizando a tristeza e a saudade da mãe que se vê forçada a se separar da filha. Nos demais meses do ano, Deméter e Perséfone estão juntas, vivendo lá no alto do Olimpo. Por esse motivo, Perséfone figura na mitologia tanto quanto divindade agrícola quanto como deusa e rainha das trevas, guardiã dos segredos e mistérios do mundo infernal.

Lendo esse mito, percebi que nós mulheres somos cheias de dilemas: dedicar-se a família ou a carreira, fazer dieta ou comer coisas gostosas, fazer chapinha ou deixar o cabelo cacheado? Enfim, vivemos sempre tendo que tomar decisões, claro que os homens também as tomam, mas parecem menos afetados por tantas decisões, eles simplesmente... agem. A gente pensa muito.
E esse negócio de Hades e o mundo inferior, já pensaram que sempre temos um em nossas vidas? Eles aparecem, nos arrastam, transformam nossas vidas, nos tiram do nosso conforto, nos mostram um mundo de sofrimento, mas a gente sempre gosta disso e o pior ou melhor, a gente gosta de ficar nesse mundo... Talvez porque para nós, nem seja tão inferior assim. As pessoas falam: esse cara só te usa, ele não quer nada com você e todo aquele blablabla... Mas assim como a Persephone, a gente acaba gostando muito do mundo inferior e descobrindo que com o nosso Hades somos rainhas, mesmo que por algum tempo e que no fundo, ele é um cara muito melhor que os outros por aí.
Eu não sei de vocês, mas eu prefiro ser rainha por uns breves momentos, do que viver sendo infantil o tempo todo!

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