O que passa na minha cabeça

Toda mulher, desde que se entende como gente, vive dilemas. Algumas encaram esse dilema eterno com amargura, tristeza, depressão... Outras, com bom humor. E encarar a vida com bom humor é um santo remédio pra rugas! Aqui vou escrevendo as coisas que vou vendo por aí, conto algumas experiências minhas, experiências de minhas amigas, amigos... Claro, sempre preservando a intimidade, algumas coisas que conto não aconteceram bem assim, mas poderiam ser... Enfim, realidade e ficção... São duas possibilidades e ai tem mais um dilema: A vida imita a arte ou vice versa?
Como escrevo numa paulada só, ou seja, sento , escrevo e publico, as vezes engulo uma letra, repito uma palavra. Acabo não fazendo correção do texto por medo de perder a espontaneidade. Então, perdoem meus pequenos errinhos, podem até me mandar um comentário mostrando. Espero que todos se divirtam aqui.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Ipsis litteris

Ouvi a seguinte história de um moçoilo:

"Estou em uma enrascada: falei pra minha nova "amiga colorida" que era uma pena o fato dela não ter nenhum dia de férias, pois eu (o moço) vou folgar 10 dias e nós (o moço e a amiga colorida), poderíamos passar uns dias em uma pousada na praia. Passado uns dias, recebi uma mensagem no celular, dizendo: Falei com meu chefe e ele me deu uma semana de folga, que praia nós vamos?
Ai, ai, ai, Falei da boca pra fora! Só pra agradar a moça, agora terei que ficar uma semana com ela colada no meu pé!"

E agora José? Falou sem ter intenção de cumprir, agora vai fazer o que? Ficar uma semana de cara amarrada porque não tinha a menor intenção de passar uma semana com a moça na praia, ou sumir com os amigos por uma semana e arriscar perder a amizade ou algo mais com uma moça muito legal?

Esse é um caso que se repete com bastante frequencia entre os rapazes. O que difere os homens das mulheres quando se deparam com um dilema, é forma com que lidam com ele. Enquanto nós remoemos dias, semanas, meses e até anos, os rapazes tem a tendencia a tomar a decisão e sofrer as consequencias, sem pensar muito... Mesmo porque se pensassem, não davam esses bolas fora.

Já disse aqui que os homens são mentirosos e covardões, e são mesmo, somente a maneira com que encaram o fato é diferente de nós. Começando pelo conceito de mentira; para eles não é mentira, porque eles nem lembram o que falaram, então a mentira não existe! Geralmente, falam da boca pra fora e nem registram o que falaram, depois nem sabem porque estamos bravas e nem ofendidas. No caso do nosso moço ai da história, só se deu conta porque a moça mandou um torpedo, caso contrário, ele nem lembraria o que falou.

O conceito de covardia também é alterado, pois eles, para escapar de uma situação com a qual eles não conseguem lidar, falam qualquer coisa, só para evitar falar um não, dizer o que realmente quer (no geral é só sexo mesmo...), falar a verdade... Enfim, falando algo que as mulheres querem ouvir, eles fogem do que eles realmente querem falar. Mas claro, eles nem se dão conta, acham que é coragem... na verdade é prepotência, acham que tem controle absoluto da situação.

Quem vai condenar o sujeito por não saber agir de outro jeito? Assim como somos programadas a acreditar, eles são programados a mentir. Podemos condenar o cego por não ver?
Eles simplesmente, não percebem. Falam cada mentira besta, que claro, a gente pega de primeira. pra evitar dar muitas explicações, falam qualquer coisa e depois apagam, como se nunca tivesse acontecido. É da natureza deles. O problema é conviver com essas questões...
Seria mais fácil se os rapazes entendessem que nós entendemos tudo ao pé da letra, tudo que é dito é levado em conta, Ipsis litteris. Se jamais o homem tem intenção de apresentar a moça para a família, não diga, se não tem intenção nenhuma de levá-la a um encontro com seus amigos pessoais, não comente, se nunca vai passar um final de semana com a moça em uma cidade turística... não prometa, se não tiver intenção de ligar mais tarde, não diga: a gente se fala mais tarde! Porque a gente  acredita!!!!!! E quando as coisas não acontecem, ficamos sofrendo, nos sentindo bestas, nos sentímos um cocô de grilo... Esperamos a ligação que não vem, programamos as férias que nunca acontecerão, compramos roupa para o evento que nunca iremos...

E ai vem outro dilema: continuar acreditando (lembrando da história da regra...) ou nos tornamos umas maníacas obssessivas e desconfiadas de tudo? Eles falam o que não tem intençao de cumprir e nem lembram... Diferente de nós, afinal, medimos as pessoas pela nossa regua, no geral o que falamos a eles, cumprimos...

É uma arte conviver com essas questões...

Não precisamos virar loucas e desconfiadas... mas um pé atrás ao se deparar com uma promessa dos homens, só para garantir o apoio, caso leve uma rasteira... não custa, não é?

Quanto ao moço... vai lá amigo, se vira!

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