O que passa na minha cabeça

Toda mulher, desde que se entende como gente, vive dilemas. Algumas encaram esse dilema eterno com amargura, tristeza, depressão... Outras, com bom humor. E encarar a vida com bom humor é um santo remédio pra rugas! Aqui vou escrevendo as coisas que vou vendo por aí, conto algumas experiências minhas, experiências de minhas amigas, amigos... Claro, sempre preservando a intimidade, algumas coisas que conto não aconteceram bem assim, mas poderiam ser... Enfim, realidade e ficção... São duas possibilidades e ai tem mais um dilema: A vida imita a arte ou vice versa?
Como escrevo numa paulada só, ou seja, sento , escrevo e publico, as vezes engulo uma letra, repito uma palavra. Acabo não fazendo correção do texto por medo de perder a espontaneidade. Então, perdoem meus pequenos errinhos, podem até me mandar um comentário mostrando. Espero que todos se divirtam aqui.

domingo, 22 de junho de 2014

Money changes everything


Que o mundo sempre viveu movido pelo dinheiro, isso todo mundo sabe, mas ultimamente, isso tem sido tacado na nossa cara a todo instante.
O mundo do consumo nos invadiu de uma forma tão gritante, mas nós não percebemos. A cultura do novo, do up to date nos move e nos direciona.
É comum hoje as lojas colocarem cartazes: Nova Coleção! As montadoras de carro: New Beetle que depois virou Novo Fusca. New March, New Fieta, New Civic... Bustier, virou TOP, rímel, virou Mascara, tachas viraram Spykes, beige virou NUDE, cor gelo virou OFF WHITE.. Mas gente, qual é a novidade? Se moda vai e volta, what´s news pussycat?
Outro dia, eu vi uma coisa engraçada no face: dica infalível de beleza: seja rica! É.. ter dinheiro e tempo de sobra que passar o dia cuidando da pele, do cabelo, do corpo, do look, faz uma diferença... Mas é claro que se você só fizer isso, sobra tempo para mais o quê? E sua cuca? Fica como? E seu papo? Será sobre o que?
Dia desses, eu disse a uma pessoa que os pobres se divertem mais e ela caiu na risada. Mas não é vero? Olha a cara do pessoal nas fotos do face... Churrasco na laje: sorrisão. Pagode na comunidade: cara de felicidade inquestionável. Carro 1998, comprado em 60 parcelas: sonho conquistado! Farofada na Praia Grande: amo muito tudo isso! Agora, olha as fotos dos ostentadores... Foto na lancha, cara blasé. Foto em Paris, tô nem ai, vivo aqui. Foto, obviamente discreta, dentro do Evoque, que tédio! Não estou dizendo que não tenha gente rica feliz, nem pobre amargurado. A felicidade ou a falta dela não está nas coisas e sim na conquista, está em quem compartilha com você a conquista. Teria coisa mais triste que um palácio vazio? Pois é, o príncipe Sidarta sentiu isso na pele. Claro, que também não encontrou felicidade na miséria... A felicidade ele encontrou no equilíbrio e é isso que nos falta hoje...
A moda, a música, as novelas nos dizem que precisamos ostentar, aparentar, ter... E nem por isso vejo as pessoas mais felizes, muito pelo contrário, cada dia mais gente infeliz e solitária, cheia de coisas, postando seu selfies, marcando a cada lugar ido para que todos vejam o quanto suas vidas são espetaculares, mas com um vazio enorme por dentro. Que fique bem claro, eu posto selfie (tenho aprendido com meus alunos), marco lugares que vou, mas sem neura, please!
E a noite? Ai meu zeus! Se você olhar com calma, parecem um monte de walking deads cheirando Carolina Herrera (homens e mulheres), vestidos iguais (homens e mulheres), tentando parecer super, desesperados por quem os leve para casa! O engraçado é que a maioria está de cartão estourado, parcelando compras de supermercado, mas tá lá... bebendo algo que os faz esquecer quem realmente são. Fui pesada, né? é... mas será que de vez em quando não é preciso?
O dinheiro é bom, nos dá tranquilidade, pode nos proporcionar tempo, mas não é a coisa mais importante. E todos temos nosso melhor lado ultimamente escondido pelas coisas materiais.
Eu que sempre fui outsider, de vez em quando me pego querendo algo que não preciso, só porque todo mundo tem... só porque ouço aquela palavra mágica; moda... E dali a pouco, me bate o arrependimento... Roupa, sapato, lugar quem nem valem a pena, que nos esvaziam, carteira e mente, mas eu também fico querendo... É a força da propaganda... que é a arte de fazer você querer desesperadamente algo que você não precisa. Pois é, mas e aí? Viro ermitona, me isolo do mundo? Viro motivo de chacota? Eita dilema: ceder ou não ceder a tentação?
Estou buscando uma saída criativa, para continuar a ser eu mesma, sem ceder a tentação de viver dura e sem perder meu estilo. É o seguinte; a um tempo, acho que vocês lembram, muitas de minhas coisas mofaram e precisei tirar tudo do armário para limpar. Descobri que tenho tanta coisa, que nem que eu queira eu consigo usar tudo em um ano, fazendo combinações, sem repetir look... É, tenho um absurdo de coisas... Está certo que eu comprei muito, mas o fato é que eu sou cuidadosa com minhas coisas, então elas duram muito... Já tem um tempo que estou pensando em fazer uma experiência... Outro dia, num programa de TV, vi uma menina que economizou R$ 10.000,00 ficando um ano sem comprar nada! Eu não acho que eu consiga juntar tanto, mas se eu conseguir economizar o suficiente pra não perder o sono em determinadas épocas do ano, já está ótimo! Claro que para isso, precisei fazer uma promessa para Nossa Senhora (sou muito devota...), assim todas as vezes que eu for ceder a uma tentaçãozinha de nada, vou lembrar de minha promessa e isso para mim é coisa séria. Não gastar com bobagens, valorizar o que já foi gasto, não descartar as coisas sem consciência, e tenho uma boa fórmula para fazer meu dinheiro valer mais e realmente mudar as coisas.
Já comecei, tá? E sabe? tem um gostinho tão bom quando alguém fala que você está linda, estilosa com uma roupa que você tem a tanto tempo...


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