O que passa na minha cabeça

Toda mulher, desde que se entende como gente, vive dilemas. Algumas encaram esse dilema eterno com amargura, tristeza, depressão... Outras, com bom humor. E encarar a vida com bom humor é um santo remédio pra rugas! Aqui vou escrevendo as coisas que vou vendo por aí, conto algumas experiências minhas, experiências de minhas amigas, amigos... Claro, sempre preservando a intimidade, algumas coisas que conto não aconteceram bem assim, mas poderiam ser... Enfim, realidade e ficção... São duas possibilidades e ai tem mais um dilema: A vida imita a arte ou vice versa?
Como escrevo numa paulada só, ou seja, sento , escrevo e publico, as vezes engulo uma letra, repito uma palavra. Acabo não fazendo correção do texto por medo de perder a espontaneidade. Então, perdoem meus pequenos errinhos, podem até me mandar um comentário mostrando. Espero que todos se divirtam aqui.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Era uma vez...


Uma mocinha magrinha como as top models, saudável como uma atleta, delicada como uma florzinha, que sabe artes marciais, ou melhor, MMA (mixed martial arts): kung fu, karv magá, jiu jitsu, muay tai, boxe, tudo junto, também é uma excepcional estrategista, esgrimista, amazona e com um fantástico senso de humor...
Essa é a cara das novas Brancas de Neve que andaram pelos cinemas ultimamente. E esse é o perfil da maioria das heroínas das novas versões dos filmes clássicos. Não, elas não querem mais serem salvas pelos cavaleiros...
Ultimamente tenho notado que tantos nossos cinemas quanto nossas emissoras de tv estão sendo invadidas por filmes e séries que revisam os contos de fadas que acostumamos a ouvir quando somos crianças. Grimm, Once upon a time, tem disputado espaço com os filmes e séries sobre vampiros e zumbis. Mas porque será que isso acontece? Tenho uma teoria para isso; em um mundo onde a fantasia e a beleza das coisas simples são substituídas por um excesso de realidade fabricada e uma pseudo criatividade, todo mundo quer um pouco de sonho, não o de padaria porque engorda, mas aquele que nos tira do dia a dia meio triste que nos cerca. Não há espaço para as mocinhas indefesas. As mulheres precisam ser multifacetadas (que palavrão horroroso), precisam ser super eficientes, incrivelmente lindas, fantasticamente sedutoras, mães primorosas , amantes fenomenais, poliglotas e pasmem, bem resolvidas. E onde arrumam tempo para se resolverem se precisam dia a pós dia, salvar o mundo de uma catástrofe? Não se resolvem. Simples assim. Não sobra tempo! temos que viver nesse mundo cruel e competitivo.
Conheço tantas mulheres maravilhosas, mas que no fundo escondem uma fragilidade que não querem que ninguém veja. É quase um pecado ser frágil. Não que os homens não tenho suas fragilidades, mas desde que o mundo é mundo, nós mulheres temos como característica a fragilidade, fragilidade não é fraqueza, que fique bem claro, somos muito fortes, que eu saiba nenhum homem é capaz de dar a luz a um bebê, eles ficam doentes, quase morrendo, por qualquer coisinha, enquanto nós temos parido a milênios, mesmo aquelas que tem ajuda da medicina, depois precisam lidar com  as consequências de uma cirurgia e ainda cuidar do filhote. Apesar de tudo, sempre tivemos a nosso favor aquela delicadeza, meiguice, mimimis  e outros frufrus que são só nossos. Muito me entristece ver mulheres com comportamentos puramente masculinos; palavrão, grosserias, agressividade. Meninas, isso não é para nós! Posso estar errada, mas tem coisas que não combinam. Houve um tempo em que eu até dava uma de fortona, queria fazer as coisas que eu nem podia, agora, prá quê? Outro dia, furou o pneu do meu carro, claro que eu sei trocar pneu, mas até parece que eu ia estragar a minha unha! Frescura? Nada, economia; manicure está muito caro!
E os homens nos tratam como? Como deixamos! Vejo os caras sendo uns idiotas garotas, por que? Porque elas deixam! tem muita mulher, pouco homem e a concorrência feroz, mas e daí? Precisa ficar com cara de desesperada, precisa sair como se fosse a última noite de sua vida? Não...
precisamos gostar um pouco mais de nós, gostar mais de quem nós somos, mesmo nossas imperfeições podem ser aliadas, usar a arte do ilusionismo: mostrar o que temos de melhor e esconder o que tem que ser escondido... Nos amar é nos aceitar, que adianta a moda ser loura se nasci com os cabelos pretos e meu tom de pele nunca ficará bem com cabelo loiro? Que adianta se a moda é vestido colado, se a maioria de nós (tirando as adolescentes e plastificadas) tem contornos que deseja esconder. Sofrer por isso? Nada! E tem mais, ao renegarmos nosso biotipo, renegamos gerações e gerações de nossa família, de nossos antepassados. 
Enfim, estou cheia de super heroínas nos filmes e mulheres de mentira na vida real... 
espelho, espelho meu, existe alguém mais boba do que eu?

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