O que passa na minha cabeça

Toda mulher, desde que se entende como gente, vive dilemas. Algumas encaram esse dilema eterno com amargura, tristeza, depressão... Outras, com bom humor. E encarar a vida com bom humor é um santo remédio pra rugas! Aqui vou escrevendo as coisas que vou vendo por aí, conto algumas experiências minhas, experiências de minhas amigas, amigos... Claro, sempre preservando a intimidade, algumas coisas que conto não aconteceram bem assim, mas poderiam ser... Enfim, realidade e ficção... São duas possibilidades e ai tem mais um dilema: A vida imita a arte ou vice versa?
Como escrevo numa paulada só, ou seja, sento , escrevo e publico, as vezes engulo uma letra, repito uma palavra. Acabo não fazendo correção do texto por medo de perder a espontaneidade. Então, perdoem meus pequenos errinhos, podem até me mandar um comentário mostrando. Espero que todos se divirtam aqui.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Tô com medo!



Que eu vivo em mundo bem masculino, todo mundo está cansado de saber! E é obvio que eu vivo sofrendo com a falta de compreensão dos seres humanos do gênero masculino a minha volta.
Tem uma coisa que me intriga nos homens: que prazer nefasto eles tem de nos fazer ficar apavoradas? Não sei se repararam, mas é só falar para um homem que você tem medo de algo, que ele te coloca frente a frente ao objeto do seu pavor... Claro, que existem as excessões e eu graças a providência divina, tenho a oportunidade de conviver com uma... Acho que é prêmio pelos anos e anos de medo grátis que eu passei...
Mas o curso intensivo que fiz, me gabarita pra falar sobre essas coisas que os rapazes não entendem: medo é medo mesmo, nos causa desconforto e nos deixam inseguras! Depois, a gente fica azeda e eles não entendem o motivo... É só falar que tem medo de velocidade, pros marmanjos acelerarem como se fossem tirar o pai da forca. Alguns medos, eles até entendem... ou melhor, toleram, ou ainda... eles sentem também, mas são bestas demais para admitir: barata, rato... Agora, se teu medo for de algo que eles "acham" bizarro, pobre de ti, amiga! Conheço uma que tem medo de borboleta... tem uma que tem de coruja e eu tenho dos clássicos: ratos, sapos, pererecas... tenho medo de rato porque ele pode me morder, tenho medo de sapo porque ele é feio e faz xixi nojento e de perereca... aí...porque ela pula! Acho ate a bichinha bonitinha, mas ela pula e pula. Uma vez uma pulou de dentro do vaso sanitário no meu pescoço e outra, grudou nas minhas costas enquanto eu tomava banho!!!!! Aposto que as meninas ficaram arrepiadas só de pensar... Agora, vivendo em um mundo cheio de ogros, imaginem as incontáveis vezes que eles se deram ao trabalho de pegar uma e jogar em mim quando eu não estava esperando, só pra me ver gritar histericamente...
De inseto eu não tenho, barata tenho nojo e raiva! Se tiver um homem por perto, menos meus filhos que claro, nem adianta, eu faço um escândalo, agora se for eu e ela... só uma sai viva, eu! Mato mesmo, claro que sem fazer creck... porque aquela gosminha dela é muito pior que ela... inseticida... muito, até a bicha parar de mexer aquelas perninhas horrendas! De cachorro grande, também tenho medo, fui mordida e tenho medo do que não posso controlar, por isso só tenho cachorro que tenha no máximo a altura do meu joelho.
Falando em coisas que não controlo, tem um medo que eu descobri a alguns anos atrás, apesar de conviver com ele a muito tempo; cavalo! Parece besta, mas não é. Vivendo a maior parte da vida no interior, é claro que sempre pintava um sítio no final de semana e sempre tinha um equino a me rondar. Já tentei até montar, acho super elegante, sexy... mas não dá... aquele corpão, aqueles olhões e o pior aqueles dentões que podem me morder... tentei esconder... mas a experiência que vou contar foi a gota d´água!
Uma vez, fui ao sítio de um casal de amigos fofíssimos, eles tinham uma égua que havia parido. Como eu manifestei o medo, eles resolveram me ajudar; me colocaram para acariciar a eguinha, a filhotinha, afinal, ela era mais ou menos  da altura da minha cintura. O rapaz que cuidava ficava me falando: ela é mansinha... e eu fui me soltando... Havia muitas pessoas lá e todo mundo prestando atenção em muitas coisas, nos outros cavalos, uns cavalgando, outros conversando e me vi sozinha com a cavalinha...Naqueles cercadinhos brancos, bem tradicionais...Quando dei por mim, já estava até gostando da bichinha... mas claro, ela era filhote e como todo filhote tem mãe... o pessoal se distraiu e me deixou sozinha com a filhote e a porteira do cercado, o que estava a mãe, aberta... o cercado tinha três vazados, que eu poderia pular, passar por baixo e apenas um que era a parede do curral e advinhem aonde eu estava? A eguinha de repente deu um relincho e a mamãe dela veio feito um tiro na minha direção! Fiquei tão apavorada que não consegui gritar por socorro, só pude grudar na parede e rezar para que a morte fosse rápida e indolor, olhei de canto de olho e vi a cavala (é cavala mesmo, a bicha era gigantesca!) vindo na minha direção com aquele olhão e com aquela bocarra medonha! A monstra colou a boca na minha jugular e quando eu pensei que era o meu fim, ela deu duas cafungadas bem babentas no meu pescoço! Senti aquele gelo na minha espinha... a baba veio deslizando devagar pelo meu pescoço, foi entrando no meu decote, escorrendo por entre os seios e foi parar no meu umbigo! Ahhhhhhhhhhhhh! Que horror! Quando o povo notou que eu estava muito quieta, me encontraram catatônica, grudada na parede! Mamãe e filhinha cavalas, cavalgavam felizes e eu não consegui desgrudar meus dedos da parede! Claro, pude contar com a solidariedade das minhas amigas e com as gargalhadas dos filhos da @#%¨&*X dos homens que nunca entenderão o que é medo em público...
Uma vez ouvi de um garoto bem novinho que não entende o nosso medo de inseto e eu disse a ele que os homens também tem medo de algumas coisas e ele disse que não era igual a gente, pavor de coisas minúsculas. Eu disse a ele que as coisas eram diferentes, mas o medo era o mesmo, ele duvidou, então fiz a seguinte experiência (façam em casa...) chamei um bando de meninos e disse: alguém aí já assistiu o Segredo do Brokback Moutain? Foi um coro de ganidos, urros, relinchos de pavor! Então, fofos, o mesmo sentimento que o Segredo de Brokback Moutain provoca em vocês, os insetos, batráquios e outros bichos, provocam na gente...  

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